quarta-feira, 22 de junho de 2011

De Vilã à Mocinha: A Saga da Lingerie

   A moda sempre impôs seu estilo à beleza e vice-versa. Até o início do século XX, a mulher sofreu muito em nome dos padrões estéticos. Os espartilhos, usados por mais de quatrocentos anos para afinar a cintura eram desconfortáveis e causavam problemas à saúde. O sutiã, ao contrário da função que exerce hoje, deixar o corpo da mulher mais bonito e sexy, era usado para achatar os seios e empurrá-los para baixo. 
 Na década de 60, as feministas queimaram sutiãs em praça pública para expressar a necessidade de mudança do papel da mulher na sociedade, iniciando o período em que prevalecia a imagem da mulher masculinizada, necessária para a entrada no mercado de trabalho. As roupas que a tornavam invisível sexualmente, acentuando, em vez disso, a sua competência profissional, dominaram os anos 80. Mas, nesta mesma época, com o inicio do culto ao corpo e a influência da cantora Madonna, que recriou a moda-fetiche usando em seus shows roupas altamente sensuais, iniciava-se um movimento de modificação da relação feminina com a lingerie. A mulher ideal deveria ter êxito profissional e pessoal, ter o corpo bonito, mas não poderia deixar de lado a sensualidade e o erotismo. E é esta a idéia que prevalece no século XXI, as mulheres progrediram socialmente e profissionalmente, tornaram-se cada vez mais independentes e respeitadas, e de símbolo da opressão feminina, o sutiã tornou-se item indispensável para a sedução e beleza.
Atento às necessidades da mulher moderna, as confecções de lingerie investiram no desenvolvimento e design de tecidos. A evolução tecnológica possibilitou o surgimento de novos materiais e já estão disponíveis no mercado calcinhas aromáticas, anti-celulite, que diminuem a barriga ou que levantam o bumbum, e sutiãs que aumentam e modelam os seios. No Brasil, o mercado de lingerie está em plena expansão.O faturamento das empresas que formam o Pólo chega a R$ 600 milhões e o volume das exportações não pára de crescer: em 2004, foram US$ 4,6 milhõesAs peças produzidas no Pólo de Moda Íntima já podem ser encontradas em países como Espanha, Portugal, Canadá, Alemanha, França, Inglaterra e Estados Unidos.
 A personagem de Claudia Raia na novela “Belíssima” da Globo usava sempre o sutiã como item de destaque no figurino. Como a novela no Brasil reflete e influencia mudanças de comportamento e as lingeries estão cada vez mais bonitas, pode-se prever que esta peça do vestuário dará mais um passo na evolução da sua história na moda nacional.




FONTE: http://meninasdamoda.uol.com.br/ 

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